Iansã

A Orixá dos Ventos e das Tempestades
Iansã, a poderosa orixá dos ventos e das tempestades, é uma figura central na Umbanda e no Candomblé. Além disso, conhecida por sua força, paixão e determinação, ela representa a dualidade da natureza humana, sendo ao mesmo tempo guerreira e delicada. De fato, a orixá dos nove céus, como também é chamada, comanda os ventos e as tempestades, guiando os espíritos dos mortos e garantindo o equilíbrio entre os mundos material e espiritual.
Características e Símbolos de Iansã
Iansã é reconhecida por suas cores vibrantes – vermelho, amarelo e rosa – e por seus símbolos poderosos. Por exemplo, a espada representa sua força e determinação, enquanto o erexin, um rabo de cavalo, simboliza sua conexão com o mundo dos mortos. Ademais, os chifres de búfalo e a borboleta também estão associados a ela, refletindo sua força e a capacidade de transformação.
A Relação de Iansã com Outros Orixás
Iansã possui uma relação complexa e intensa com outros orixás. Assim, é esposa de Xangô, o orixá dos raios e dos trovões, e também teve um relacionamento com Ogum, o orixá da guerra. Consequentemente, sua paixão ardente e sua natureza indomável a tornam uma figura central no panteão yorubá.
Os Filhos de Iansã
Os filhos de Iansã herdam muitas de suas características, como a paixão, a impulsividade e a determinação. Por conseguinte, são pessoas intensas, que vivem a vida com intensidade. No entanto, essa mesma intensidade pode levar a conflitos e a dificuldades em manter relacionamentos estáveis.
O Papel de Iansã na Umbanda e no Candomblé
Na Umbanda e no Candomblé, ela desempenha um papel fundamental como guia espiritual. Ou seja, ela é invocada para trazer força, coragem e proteção. Além disso, Iansã é a orixá responsável por conduzir os espíritos dos mortos para o outro mundo, garantindo a transição suave entre a vida e a morte.
Natureza
A ligação de Iansã com a natureza é profunda e multifacetada. Como orixá dos ventos e das tempestades, ela representa a força e a imprevisibilidade da natureza. Por exemplo, os ventos que ela comanda trazem renovação, mas também podem causar destruição. Dessa forma, essa dualidade reflete a complexidade da natureza e a força da vida e da morte. Ademais, a borboleta, um de seus símbolos, representa a transformação e a renovação constante da natureza.
Seus Rituais
Os rituais em homenagem a Iansã são marcados pela energia e pela vibração. Durante esses rituais, danças, cantos e oferendas são realizados para honrá-la. Por exemplo, o acarajé, um bolinho de feijão fradinho frito em azeite de dendê, é uma das oferendas mais comuns, apreciada pela orixá. Além disso, as cores vermelho, amarelo e rosa são predominantes nos rituais, representando a paixão, a força e a delicadeza de Iansã.
Inserção na História da África
A história de Iansã está profundamente enraizada na cultura africana, especialmente na região do rio Níger. De fato, ela é considerada uma divindade ancestral e sua figura está presente em diversas narrativas e mitos. Com a chegada dos africanos ao Brasil, a formação da religião afro-brasileira contribuiu para a difusão do culto a Iansã e para a sua adaptação ao novo contexto cultural.
Sincretismo Religioso
No Brasil, Iansã foi sincretizada com Santa Bárbara, a santa católica conhecida por proteger contra tempestades e raios. Essa associação, reforçou a imagem de Iansã como uma deusa guerreira e protetora. Consequentemente, o sincretismo religioso contribuiu para a preservação da cultura africana no Brasil e permitiu que as tradições religiosas africanas se adaptassem ao novo contexto histórico e social.
A Orixá na Atualidade
A figura de Iansã continua sendo uma fonte de inspiração para muitos, tanto dentro como fora das religiões afro-brasileiras. Atualmente, ela representa a força feminina, a liberdade e a capacidade de superar desafios. Portanto, a imagem de Iansã como uma mulher guerreira e independente a torna um símbolo de empoderamento para muitas mulheres.
Ainda, no Santuário Nacional da Umbanda em São Bernardo do Campo – SP há um espaço dedicado para a entrega de oferendas para esse Orixá.
Cor | Coral (amarelo) |
Fio de Contas | Coral (marrom, bordô, vermelho, amarelo) |
Ervas | Cana do Brejo, Erva Prata, Espada de Iansã, Folha de Louro (não serve para banho), Erva de Santa Bárbara, Folha de Fogo, Colônia, Mitanlea, Folha da Canela, Peregum amarelo, Catinga de Mulata, Parietária, Para Raio (Catinga de mulata, Cordão de frade, Gerânio cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca) |
Símbolo | Raio (Eruexim -cabo de ferro ou cobre com um rabo de cavalo) |
Pontos da Natureza | Bambuzal |
Flores | Amarelas ou corais |
Essências | Patchouli |
Pedras | Coral, Cornalina, Rubi, Granada |
Metal | Cobre |
Saúde | |
Planeta | Lua e Júpiter |
Dia da Semana | Quarta-feira |
Elemento | Fogo |
Chacra | Frontal e cardíaco |
Saudação | Eparrei Oiá |
Bebida | Champanhe |
Animais | Cabra amarela, Coruja rajada |
Comidas | Acarajé (Ipetê, Bobó de Inhame) |
Numero | 9 |
Data Comemorativa | 4 de dezembro |
Sincretismo | Sta. Bárbara, Joana d’arc. |
Incompatibilidades | Rato, Abóbora. |
Qualidades | Egunitá, Onira, Balé, Oya Biniká, Seno, Abomi, Gunán, Bagán, Kodun, Maganbelle, Yapopo, Onisoni, Bagbure, Tope, Filiaba, Semi, Sinsirá, Sire, Oya Funán, Fure, Guere, Toningbe, Fakarebo, De, Min, Lario, Adagangbará. |
Saiba mais
Consulte nossa página sobre as sete linhas da umbanda para mais informações.
Aqui você também encontra mais detalhes sobre esse orixá.
Por fim, deixamos trecho bem relevante da Saudação as 7 linhas da Umbanda: