A Traição e a Dor
Xangô e seus guerreiros enfrentavam um inimigo implacável. Contudo, a sorte se voltou contra eles. Seus bravos soldados, então capturados em combate, eram submetidos a torturas cruéis. A cada novo relato de sofrimento, a ira de Xangô crescia, consumindo-o por dentro. A dor de seus guerreiros se transformava em um fardo insuportável.
A Busca por Justiça
Dessa forma, impulsionado pela necessidade de vingança e justiça, Xangô buscou refúgio em um local sagrado: uma imponente pedreira. Ali, invocou Orunmilá, o oráculo, em busca de orientação divina. Com o coração em chamas, implorou por sabedoria e força para enfrentar essa adversidade.
A Forja da Vingança
A resposta de Orunmilá ecoou em seu interior, incitando-o à ação. Como resultado, empunhando seu poderoso oxé, o machado de duas lâminas, Xangô desferiu golpes furiosos contra as rochas da pedreira. A cada impacto, faíscas incandescentes saltavam, transformando-se em labaredas que se elevavam aos céus, carregadas de sua ira. A fúria de Xangô era um furacão que varria tudo em seu caminho.
A Justiça Divina
A batalha se inclinou a favor de Xangô. Seus inimigos, aterrorizados, foram consumidos pelas chamas, pagando com suas vidas pela crueldade cometida. No entanto, a justiça divina não se limitava à vingança. Os líderes inimigos, arquitetos daquela carnificina, não poderiam escapar impunes. Assim, com um gesto majestoso, Xangô invocou os raios, desferindo um golpe fatal nos responsáveis pela tortura de seus guerreiros.
Xangô é o orixá da justiça
Como resultado, a partir daquele dia, a fama de Xangô se espalhou por todos os reinos. Sua história, repleta de coragem, justiça e compaixão, inspirou gerações. Logo, seus feitos foram cantados em poemas e celebrados em rituais, transformando-o em um símbolo de força e sabedoria. Por tudo isso, Xangô é o orixá da justiça.
Dessa forma, ao longo dos séculos, Xangô continuou sendo invocado por aqueles que buscavam justiça e proteção. Sua figura se tornou sinônimo de equilíbrio e equanimidade, demonstrando que a força e a compaixão podem coexistir em um mesmo ser.
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