
A Aversão de Oxumaré à Chuva e seu Domínio sobre os Ciclos Naturais
Oxumaré, o orixá dinâmico associado ao arco-íris, manifestava uma clara aversão à chuva. Constantemente, quando as nuvens densas se acumulavam e a água ameaçava inundar a terra, ele empunhava sua faca de bronze. Imediatamente, Oxumaré apontava a lâmina para o céu, desafiando a precipitação iminente. Consequentemente, a chuva cessava, dando lugar ao espetáculo vibrante de seu arco-íris. Dessa forma, através desse gesto determinado, Oxumaré demonstrava seu domínio sobre o ciclo da água, impondo ativamente sua vontade sobre as forças da natureza. Além disso, essa ação revela sua capacidade de controlar as transformações climáticas, estabelecendo um equilíbrio entre a chuva e o sol.
A Doença de Olodumare e a Intervenção Curativa
Em um momento crucial, Olodumare, o Criador supremo, foi acometido por uma enfermidade que o privou da visão. Desesperado diante dessa condição debilitante, o Criador buscou auxílio. Então, Olodumare recorreu à sabedoria e ao poder de cura de Oxumaré. Prontamente, Oxumaré atendeu ao chamado do Criador. Com efeito, utilizando seus conhecimentos e habilidades curativas, Oxumaré curou Olodumare, restaurando completamente sua visão. Profundamente grato pela restauração de sua saúde, Olodumare experimentou um temor profundo de perder novamente a visão. Por conseguinte, ele decidiu que Oxumaré deveria permanecer ao seu lado nos céus, garantindo sua proteção contra futuras enfermidades.
O Amor de Oxumaré pela Terra e a Concessão de Olodumare
Apesar da honra de permanecer ao lado de Olodumare nos céus, Oxumaré nutria um profundo amor pela Terra. Constantemente, ele sentia a falta das paisagens terrestres, dos sons da natureza e do contato com o mundo material. Assim, movido pela saudade, Oxumaré implorou a Olodumare que lhe permitisse retornar à Terra. Após muitas súplicas insistentes, Olodumare finalmente cedeu ao pedido de Oxumaré. Contudo, o Criador impôs uma condição: Oxumaré poderia visitar a Terra apenas como um visitante, retornando periodicamente aos céus. Dessa maneira, Oxumaré passou a transitar entre os dois mundos, viajando entre os céus e a Terra, mantendo-se sempre atento às necessidades e aos ciclos da natureza.
A Manifestação Divina e o Lembrete do Poder
Enquanto Oxumaré não se encontra presente na Terra fisicamente, sua presença pode ser sentida e visualizada nos céus. Especificamente, ele se manifesta através do espetáculo magnífico do arco-íris. Através de sua faca de bronze, Oxumaré continua a controlar o ciclo da chuva, intervindo sempre que as nuvens se acumulam em excesso, ameaçando o equilíbrio climático. Portanto, o arco-íris surge como um sinal inconfundível da presença de Oxumaré. Além disso, funciona como um lembrete constante de seu poder sobre os elementos da natureza, evidenciando seu domínio sobre as transformações e os ciclos da vida. Em outras palavras, o arco-íris simboliza a ligação contínua entre o céu e a terra, representando a jornada constante de Oxumaré entre os dois mundos e seu papel crucial na manutenção da harmonia cósmica.