
A Alegria dos Ibejis e a Sombra da Morte
Os Ibejis, gêmeos filhos de Oxum e Xangô, eram a personificação da alegria e da música. Presentes de Iemanjá, seus pequenos tambores mágicos ecoavam por onde quer que fossem. No entanto, uma sombra se estendia sobre o mundo: Icu, a Morte, havia espalhado armadilhas mortais por todos os caminhos. Humanos de todas as idades caíam em suas ciladas, e o terror se espalhava. Sacerdotes e curandeiros tentaram em vão deter Icu, mas a Morte era implacável.
O Plano dos Ibejis
Diante da ameaça iminente, os Ibejis traçaram um plano audacioso. Um deles se aventurou pela trilha perigosa onde Icu havia armado sua armadilha, enquanto o outro o seguia de perto, escondido na mata. O primeiro Ibeji, com sua música irresistível, atraiu a atenção de Icu. A Morte, encantada pelo som do tambor, revelou a localização da armadilha e se dispôs a dançar.
A Música como Arma
Assim sendo, a dança frenética de Icu se prolongou por horas. Quando um dos irmãos se cansava de tocar, o outro o substituía, mantendo a música ininterrupta. Dessa forma, a Morte, enfeitiçada pelo ritmo hipnótico, não conseguia parar de dançar. Esgotada, implorou aos Ibejis para que a música cessasse, prometendo retirar suas armadilhas.
A Vitória dos Ibejis
Por fim, os Ibejis enganam a Morte, com sua astúcia e o poder da música, além de salvar a humanidade. A partir daquele dia, os Ibejis foram reverenciados como deuses poderosos, capazes de vencer até mesmo a Morte. A lenda dos “Ibejis enganam a Morte” se espalhou por todas as terras, e seus tambores mágicos continuam ecoando, lembrando a todos do poder da música e da importância de celebrar a vida com alegria e destreza. E tudo isso com a leveza e pureza da inocência, característica marcante e vital, das crianças.