As Tentativas de Oxalá
Olorum confiou a Oxalá a missão de criar o mundo e modelar o ser humano. O orixá, empenhado na tarefa, explorou diversas possibilidades. Primeiramente, tentou moldar o homem a partir do ar, semelhante a ele próprio. No entanto, a criação se dissipou rapidamente. Em seguida, buscou o uso da madeira, mas a rigidez excessiva impediu qualquer resultado satisfatório. A pedra representou uma alternativa ainda menos viável, pois a estrutura se tornou demasiadamente inflexível.
Oxalá, perseverante, tentou criar o homem com fogo, porém, o ser se consumiu instantaneamente. Buscando novas opções, experimentou azeite, água e até vinho de palma, mas nenhuma dessas substâncias proporcionou um resultado adequado. Assim sendo, a frustração tomou conta do orixá, que não via um caminho para cumprir sua missão.
A Solução
Nesse momento crítico, Nanã Buruquê interveio e apresentou uma solução. Apontando seu ibiri para o fundo do lago, retirou uma porção de lama e ofereceu a Oxalá. A orixá explicou que essa matéria, extraída das profundezas aquáticas, representava a substância ideal para a criação. Oxalá aceitou a sugestão e começou a moldar o homem com o barro entregue por Nanã. Dessa forma, a criação finalmente tomou forma e se tornou viável.
Com o sopro de Olorum, a nova criatura adquiriu vida e iniciou sua jornada. Posteriormente, os orixás contribuíram para que o ser humano povoasse a Terra e se desenvolvesse tornando o mundo da forma que o conhecemos hoje.
O Ciclo da Vida e a Influência da Orixá
Contudo, a existência do homem segue um ciclo determinado. Inevitavelmente, chega o momento da morte, e o corpo retorna à terra. Dessa maneira, Nanã Buruquê reivindica de volta a matéria que um dia ofereceu para a criação. Assim, a orixá se mantém presente do início ao fim da jornada humana, garantindo que tudo retorne à sua origem.
