Exu na Umbanda

Exu na Umbanda

Na Umbanda

Na Umbanda, Exu não aparece como um Orixá propriamente dito, mas sim como um mensageiro dos Orixás e o guardião dos templos. Sempre que você entra em um templo, pode ter certeza de que Exus estão na porta, protegendo a todos e garantindo a segurança do local.

Exu conduz energias pesadas, desfaz demandas e atua como o senhor dos caminhos. Ele trabalha incansavelmente para abrir esses caminhos, sempre em conformidade com a tradição Iorubá.

Exu não representa o mal, como muitas vezes é divulgado equivocadamente; pelo contrário, ele exerce uma função essencial. No entanto, muitas pessoas o confundem com quiumbas, espíritos inferiores e zombeteiros. Esses quiumbas frequentemente imitam as roupas e os trejeitos dos Exus para causar tumultos e dificultar a vida das pessoas.

A influência católica durante a colonização e a formação político-social do Brasil levou à associação de Exu com o Diabo.
Embora Exu normalmente atue em regiões densas e nas sombras, ele trabalha como uma entidade de luz e benevolente, sendo os guardiões da lei maior.

Quando os Exus incorporam, geralmente se caracterizam com capas, cartolas e bengalas, mas não é obrigatório que os médiuns utilizem essas vestimentas para a incorporação. Isso ocorre porque os espíritos usam essas roupas de acordo com sua própria individualidade. Cada terreiro atua de forma autônoma.

Falange

Como todas as entidades da Umbanda, os Exus também estão organizados em falanges, estando em harmonia energética com espíritos semelhantes. Assim, quando vemos um Exu Tranca-Ruas, estamos presenciando um espírito membro da falange desse Exu. Existem muitos outros Exus Tranca-Ruas, porém, cada um é um espírito diferente que pertence à mesma egrégora.

História

A ideia do Exu de Umbanda tem origem no orixá de mesmo nome no Candomblé, que é considerado o mensageiro dos demais orixás.

A cultura ocidental, ao encontrar a divindade iorubá Exu, associou seus atributos físicos, como chifres e uma sexualidade exuberante, à imagem do diabo cristão, ignorando suas funções originais.

A Umbanda, ao se originar dos cultos africanos e absorver influências do Kardecismo a partir de 1908, reconfigurou a visão sobre os Exus. Zélio Fernandino de Morais introduziu o conceito de Exus como “polícias do karma”, alinhando-os a outros espíritos em evolução.

Algumas tradições umbandistas colocam os Exus em um patamar inferior, enquanto outras os elevam ao mesmo nível evolutivo de caboclos e pretos-velhos, com uma linha de trabalho distinta.

Sugerimos ainda a leitura de nossa página sobre as sete linhas da umbanda para maior entendimento sobre como se relacionam os orixás e entidades da Umbanda.

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