Caboclos

História
A primeira incorporação dos caboclos na umbanda foi com Zélio de Moraes (mais detalhes aqui) que recebeu o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Podem ser considerados a linha de frente da Umbanda e na maioria das vezes são os chefes das casas e responsáveis pelos trabalhos conduzidos nas mesmas. Etimologicamente a palavra caboclo vem do tupi kari’boka, que significa “descendente de branco”. Alguns dizem que devira do tupi kuriboka, que quer dizer “filho de mãe índia e pai branco”; já outros afirmam que a expressão em tupi caa-boc, que significa “o que vem da floresta”.
Os caboclos, por definição se apresentam como índios sendo que um dia já foram encarnados e agora trabalham sob a regência de Oxóssi na Umbanda, principalmente com a cura, mas não necessariamente toda entidade caboclo foi um índio em vida. Dessa forma, sua morada são as matas e bosques, locais onde costumam receber suas oferendas.
Embora trabalhem sob a regência de Oxóssi, existem caboclos das mais diversas linhas como Ogum, Xangô, Oxalá e etc.
Modo de trabalho
A primeira caraterística marcante dos caboclos na umbanda reside logo na sua chegada ao terreiro no início dos trabalhos. Normalmente chegam com sua dança característica e seu brado, como um grito de guerra, e na sequencia se preparam para trabalhar.
Durante as consultas escuram e acolhem os consulentes e normalmente os orientam no consumo de frutas e folhas para a saúde, bem como banhos e chás.
Os caboclos se utilizam também da fumaça dos charutos para fazer a descarga dos consulentes e do próprio médium na Umbanda. Exímios conhecedores da natureza e tudo o que ela tem para oferecer sabem aconselhar a utilização de ervas para males e melhorar a saúde.
Por vezes utilizam de assovios e estalos dos dedos durante os trabalhos com a finalidade de diminuir e dissolver cargas negativas presentes.
Oferendas
Mandioca, peixe assado, frutas, milho verde cozido, flores ou folhagens.
Velas
Verde, verde e branco.
Dia da Semana
Quinta-feira